Safra de algodão no Brasil 2025: crescimento, desafios e perspectivas
- Cristiane Reis
- 21 de fev.
- 2 min de leitura
O Brasil consolidou-se como um dos principais produtores e exportadores de algodão no cenário global. Para a safra de 2025, as projeções indicam um crescimento significativo na produção, acompanhado de desafios que exigem atenção do setor.

Projeções de produção para safra de algodão 2025
Segundo a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), a produção de algodão em pluma deve atingir 3,91 milhões de toneladas, registrando um crescimento de 5,8% em comparação à safra anterior. A área cultivada está projetada para expandir 6,6%, chegando a 2,12 milhões de hectares. No entanto, a produtividade média pode ter uma leve queda de 0,7%, sendo estimada em 1.831 kg/ha.
Principais estados produtores de algodão
A produção de algodão no Brasil é concentrada em alguns estados, com destaque para:
Mato Grosso: responsável por aproximadamente 73,5% da produção nacional, com uma área plantada de 1,47 milhão de hectares.
Bahia: segundo maior produtor, contribuindo com cerca de 17,5% da produção nacional.
Minas Gerais: participação de 1,7% na produção nacional.
Desafios para a safra de algodão 2025
Custos de Produção: O custo operacional efetivo (COE) para a safra 2025/26 registrou um aumento de 15,94%, impulsionado pelo crescimento de 15,11% nos gastos com defensivos agrícolas e 36,27% nos custos com micronutrientes (Fonte: Canal Rural).
Preços Internacionais: A produção global de algodão tem crescido em um ritmo superior à demanda, o que pode exercer pressão sobre os preços no mercado internacional (Fontes: Exame, SAFRAS & Mercado).
Logística de Exportação: A concentração dos embarques no Porto de Santos sobrecarrega a infraestrutura portuária, evidenciando a necessidade de diversificação dos pontos de exportação para garantir a competitividade do setor.
Manejo fitossanitário: Para evitar perdas na produtividade causadas por doenças é essencial o manejo fitossanitário. Entre as mais frequentes na cultura do algodão, destacam-se: ramulose (Colletotrichum gossypii var. cephalosporioides), mancha angular (Xanthomonas citri subsp. malvacearum), mela (Rhizoctonia solani), podridão do colmo (Macrophomina phaseolina) e nematoides do algodão (Meloidogyne incognita, Rotylenchulus reniformis).
Sustentabilidade e inovação
O Brasil tem se destacado na adoção de práticas sustentáveis na cotonicultura, fortalecendo sua posição no mercado global (Fontes: Forbes Brasil, Abrapa):
Certificação Socioambiental: aproximadamente 82% do algodão produzido no país possui certificação Algodão Brasileiro Responsável (ABR) e licenciamento Better Cotton, assegurando padrões elevados de sustentabilidade na produção.
Rastreabilidade: iniciativas inovadoras, como o projeto SouABR, utilizam tecnologia blockchain para monitorar o algodão desde a semente até o produto final, garantindo maior transparência e agregando valor ao produto brasileiro.
Conclusão
A safra de algodão 2025 apresenta perspectivas positivas, mas doenças e desafios climáticos podem impactar a produtividade. O manejo fitossanitário integrado, aliado ao uso de tecnologias sustentáveis e resistentes, será fundamental para garantir uma lavoura saudável e rentável. O sucesso do algodão brasileiro depende da vigilância contínua e da adoção de boas práticas agrícolas.
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