Estria bacteriana do milho: o que se sabe até o momento?
- Cristiane Reis
- 7 de mar.
- 2 min de leitura
A estria bacteriana do milho, causada pela bactéria Xanthomonas vasicola pv. vasculorum, é uma doença emergente que tem preocupado produtores em diversas regiões. Relatada inicialmente nos Estados Unidos, África do Sul e Argentina, a doença foi identificada no Brasil em lavouras comerciais, despertando atenção devido ao seu potencial de redução na produtividade e à ausência de medidas de controle químico eficazes.

Característica da doença
A estria bacteriana é uma doença vascular, ou seja, afeta o sistema condutor de seiva da planta, prejudicando seu desenvolvimento. Seus danos são agravados quando ocorrem em conjunto com outras doenças foliares.
Sintomas da estria bacteriana do milho
Manchas encharcadas que evoluem para estrias longas e amareladas nas folhas;
Lesões com bordas irregulares, geralmente seguindo a nervura das folhas;
Não há halo clorótico ao redor das lesões, diferenciando-se de outras doenças bacterianas;
Favorecida por alta umidade e precipitação frequente;
A bactéria sobrevive nos restos culturais e pode ser disseminada pelo vento, água da chuva e implementos agrícolas contaminados.
O que se sabe sobre o manejo da estria bacteriana do milho?
Poucas ainda são as pesquisas com essa doença, inclusive sobre medidas de manejo. Atualmente, não há controle químico eficaz para a doença, tornando o manejo integrado a melhor estratégia para reduzir sua disseminação. As principais recomendações incluem:
✅ Rotação de culturas – alternar o milho com culturas não hospedeiras para reduzir a população bacteriana no solo.
✅ Uso de cultivares tolerantes – algumas variedades apresentam menor suscetibilidade à doença.
✅ Eliminação de restos culturais – a bactéria sobrevive na palhada, o manejo adequado reduz a incidência na safra seguinte.
✅ Evitar irrigação por aspersão – a água nas folhas facilita a disseminação da bactéria.
✅ Desinfecção de equipamentos agrícolas – maquinários podem transportar a bactéria para novas áreas.
✅ Monitoramento contínuo da lavoura – identificar sintomas precocemente para evitar a disseminação rápida da doença.
Conclusão
A estria bacteriana do milho ainda é uma doença relativamente nova no Brasil, mas já representa um desafio para a sanidade das lavouras. Como não há produtos químicos eficientes para o controle, o sucesso no manejo depende de estratégias preventivas e de boas práticas agrícolas. O monitoramento, a rotação de culturas e o manejo de resíduos são fundamentais para minimizar os impactos dessa bactéria e proteger a produtividade do milho.
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