Mofo branco na soja: condições favoráveis e medidas de manejo

O mofo branco, causado pelo fungo Sclerotinia sclerotiorum, é uma das doenças mais severas da cultura da soja, podendo causar reduções drásticas na produtividade. Sua principal característica é a formação de um micélio branco e denso nas hastes e vagens, levando ao tombamento e morte das plantas. Devido à sua capacidade de persistência no solo por vários anos, o manejo eficiente é essencial para evitar surtos severos da doença.

Condições favoráveis para o mofo branco

🌡Temperaturas amenas (15°C a 25°C) – o fungo se desenvolve melhor em temperaturas moderadas.

💧 Alta umidade e períodos prolongados de molhamento foliar – chuvas frequentes e orvalho intenso favorecem a infecção.

🌾 Fechamento do dossel da lavoura e arquitetura das plantas – plantas muito próximas e que tendem ao arqueamento (tombamento) ao solo criam um ambiente úmido e sombreado, ideal para o crescimento do fungo.

🔄 Presença de escleródios no solo – o fungo sobrevive por longos períodos no solo e em restos culturais.

🌱 Cultivo sucessivo de hospedeiros – plantios contínuos de soja, feijão e girassol aumentam a incidência da doença.

Medidas de manejo

✅ Rotação de culturas – alternar com gramíneas como milho e braquiária reduz o inóculo do patógeno no solo.

✅ Uso de cultivares com arquitetura aberta – favorece a aeração da lavoura, dificultando a infecção.

✅ Densidade de plantio adequada – evita o excesso de sombreamento e umidade no interior do dossel.

✅ Tratamento de sementes – fungicidas e biológicos ajudam a reduzir a infecção inicial.

✅ Aplicação de fungicidas preventivos – fungicidas à base de carboxamidas e estrobilurinas podem auxiliar no controle em áreas de alto risco.

✅ Controle biológico – uso de fungos antagonistas como Trichoderma spp. e Coniothyrium minitans ajudam a reduzir a população de escleródios no solo.

✅ Evitar irrigação excessiva – monitorar a umidade para reduzir condições favoráveis ao fungo.

Conclusão

O mofo branco é uma doença altamente destrutiva, e seu controle exige um manejo rigoroso e integrado. A rotação de culturas, controle biológico, densidade de plantio adequada e o uso de fungicidas preventivos são fundamentais para reduzir a incidência da doença e proteger a produtividade da lavoura.

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