Greening nos Citros: Paraná renova emergência fitossanitária por mais 180 Dias
- crismendes86
- 4 de jul.
- 2 min de leitura
O Estado do Paraná reforça seu compromisso com a citricultura ao prorrogar, por mais 180 dias, a emergência fitossanitária contra o greening (HLB). A medida, oficializada pelo Decreto nº 10.445 em julho de 2025, amplia a capacidade do Estado de agir de forma rápida e estratégica diante de uma das doenças mais destrutivas dos citros. Desde 2023, essa situação de emergência tem permitido ações mais incisivas para conter o avanço da praga nos pomares.

Greening: Uma ameaça silenciosa aos citros
O greening, também conhecido como HLB (huanglongbing), é uma doença causada por bactérias transmitidas pelo psilídeo (Diaphorina citri), inseto vetor que se instala nas plantas cítricas. A infecção leva à queda precoce dos frutos, deformações, sementes abortadas e frutos com acidez elevada e baixo teor de açúcar, inviabilizando sua comercialização. Com o tempo, as plantas podem entrar em declínio severo e morrer.
Regiões em foco e ações de contenção
As ações de combate à doença foram bem-sucedidas nas regiões Norte e Noroeste do Paraná nos últimos anos. Agora, a atenção se volta ao Vale do Ribeira, onde se cultiva a variedade ponkan. A iniciativa chamada Operação Big Citros, liderada pela Adapar (Agência de Defesa Agropecuária do Paraná), está mobilizando fiscais para visitar propriedades em Doutor Ulysses e Cerro Azul. O foco é capacitar os citricultores para identificar sintomas e realizar cortes sanitários nas mudas doentes.
Diagnóstico, orientação e monitoramento
Além das visitas a campo, a Adapar está promovendo reuniões com produtores na Ceasa de Curitiba, fornecendo orientações práticas sobre o diagnóstico da doença tanto nas plantas quanto nos frutos. Embora ainda não tenha sido encontrado o inseto vetor nas novas áreas inspecionadas, foram instaladas armadilhas como medida preventiva, considerando a possibilidade de o psilídeo ter sido eliminado por predadores naturais.
Consequências econômicas e agronômicas
Os danos causados pelo greening vão muito além do aspecto fitossanitário. A perda de produtividade e a baixa qualidade dos frutos afetam toda a cadeia de produção cítrica, desde o pequeno produtor até a indústria. O impacto pode ser devastador se não forem adotadas estratégias conjuntas de erradicação, controle do vetor e plantio de mudas sadias.
Conclusão: Mobilização coletiva é fundamental
A renovação da emergência fitossanitária no Paraná evidencia a gravidade do greening e a necessidade de uma ação integrada entre Estado, produtores e técnicos. O sucesso no combate à doença depende da vigilância contínua, diagnóstico precoce e manejo eficiente do vetor e das plantas infectadas. A citricultura paranaense só continuará forte se o conhecimento técnico e a ação imediata forem prioridade.
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