Como Diferenciar Macrophomina, Pythium e Rhizoctonia na Soja?
- Cristiane Reis

- 13 de jun.
- 2 min de leitura
A sanidade do solo é essencial para o sucesso da lavoura de soja, e identificar corretamente os patógenos de solo que causam tombamentos, apodrecimentos e murchas é fundamental para o manejo assertivo. Entre os principais fungos e oomicetos associados a essas doenças estão Macrophomina phaseolina, Pythium spp. e Rhizoctonia solani — cada um com particularidades nos sintomas, no ciclo e na forma de controle. Embora seus danos possam parecer semelhantes, a correta distinção entre eles faz toda a diferença no manejo integrado da cultura.

Macrophomina phaseolina – Mofo Cinzento
É um fungo necrotrófico, comum em condições de alta temperatura e baixa umidade. Ataca plantas adultas, geralmente em fases mais avançadas do ciclo. Os sintomas típicos incluem murcha súbita, escurecimento do caule na base e presença de microscleródios pretos visíveis ao corte da haste. Provoca queda prematura de folhas e morte da planta, mesmo com presença de vagens. O manejo envolve rotação de culturas, semear em épocas adequadas, equilíbrio nutricional e escolha de cultivares menos suscetíveis.
Pythium spp. – Tombamento de Plântulas
Pythium é um oomiceto (não um fungo verdadeiro) e causa infecção especialmente no estágio de plântula. Atua em ambientes com excesso de umidade, principalmente em solos mal drenados. Os sintomas incluem apodrecimento das sementes, emergência irregular e colapso do hipocótilo logo após a emergência. A infestação pode passar despercebida, mas compromete significativamente o estande. O controle baseia-se em tratamento de sementes com fungicidas específicos para oomicetos, além de correção de drenagem e semeadura em solo bem estruturado.
Rhizoctonia solani – Rhizoctoniose
Fungos do solo que preferem ambientes quentes e úmidos, atacando tanto sementes como plântulas. Causa lesões marrons e secas no colo da planta, dificultando o transporte de seiva. As lesões são afundadas e sem anel clorótico, com aspecto ressecado e necrose firme. É comum observar a planta murchando e morrendo poucos dias após a emergência. O manejo inclui rotação de culturas, uso de sementes tratadas com produtos específicos e controle da palhada e restos culturais, que servem de fonte de inóculo.
Comparando os Três Patógenos
Patógeno | Condições Favoráveis | Estágio Atacado | Sintomas Característicos |
Macrophomina | Calor + seca | Estágios finais | Murcha com haste escurecida e pontos pretos (microscleródios) |
Pythium spp. | Alta umidade + frio | Germinação/emergência | Apodrecimento de sementes e plântulas |
Rhizoctonia solani | Umidade + calor | Germinação/inicial | Lesões marrons secas no colo da planta |
Conclusão
Diferenciar Macrophomina, Pythium e Rhizoctonia na soja é um passo essencial para evitar prejuízos ainda na fase inicial da lavoura ou nas etapas mais críticas de enchimento de grãos. A identificação correta do patógeno permite direcionar o uso de defensivos, ajustar o calendário de semeadura e melhorar o manejo cultural, trazendo eficiência e sustentabilidade à produção. Ignorar esses detalhes pode resultar em controle ineficaz e perdas acumuladas ao longo da safra.
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