Cigarrinha do milho e o complexo de enfezamento
- Cristiane Reis

- 14 de mar.
- 2 min de leitura
Atualizado: 15 de mai.
A cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis) é um dos principais insetos-praga da cultura do milho, sendo responsável pela transmissão dos patógenos causadores do complexo de enfezamento, que inclui o enfezamento pálido, causado por Spiroplasma kunkelii (Corn Stunt Spyroplasma), o enfezamento vermelho - fitoplasma sem nome científico (Maize bushy stunt phytoplasma), e o vírus da risca do milho (Maize rayado fino virus – MRFV). Esses patógenos afetam severamente o desenvolvimento das plantas, resultando em perdas significativas na produtividade da lavoura.

Condições favoráveis para a cigarrinha do milho e o complexo de enfezamento
A incidência da cigarrinha do milho e a severidade do complexo de enfezamento são favorecidas por:
✅ Altas temperaturas (25°C a 30°C);
✅ Baixa umidade relativa;
✅ Presença de milho voluntário (tiguera), que serve de hospedeiro para os patógenos;
✅ Plantios sucessivos sem rotação de culturas, aumentando a população da cigarrinha e a pressão da doença;
✅ Ausência de controle efetivo do inseto-vetor.
Sintomas do complexo de enfezamento
Os sintomas variam de acordo com o tipo de patógeno transmitido:
Enfezamento vermelho (Spiroplasma kunkelii):
✔ Coloração avermelhada nas folhas, principalmente nas bordas;
✔ Crescimento reduzido e entrenós encurtados;
✔ Proliferação de espigas menores e malformadas.
Enfezamento pálido (Candidatus Phytoplasma asteris):
✔ Amarelecimento generalizado das folhas;
✔ Redução do crescimento da planta e desenvolvimento anormal das espigas;
✔ Proliferação de brotações na base da planta.
Vírus da risca do milho (MRFV):
✔ Manchas cloróticas lineares nas folhas;
✔ Redução no crescimento da planta e impacto na produtividade.
Medidas de manejo
Para minimizar os danos causados pela cigarrinha-do-milho e pelo complexo de enfezamento, é essencial adotar um manejo integrado, que inclui:
✅ Uso de cultivares tolerantes – híbridos resistentes reduzem os impactos da doença;
✅ Eliminação do milho tiguera – reduz a fonte de inóculo dos patógenos;
✅ Rotação de culturas – alternância com culturas não hospedeiras da cigarrinha;
✅ Plantio na época recomendada – evita períodos de alta infestação do inseto;
✅ Monitoramento e controle químico – uso de inseticidas seletivos para controle da cigarrinha em momentos críticos;
✅ Adubação equilibrada – plantas bem nutridas apresentam maior tolerância às doenças.
Conclusão
A cigarrinha-do-milho e o complexo de enfezamento representam um grande desafio para a cultura do milho. O controle eficaz depende da adoção de estratégias integradas, visando a redução da população do inseto-vetor e a interrupção do ciclo de transmissão dos patógenos. Com um manejo adequado, é possível minimizar as perdas e garantir melhor produtividade.
A cigarrinha-do-milho pode causar prejuízos enormes à sua produção! Não deixe sua lavoura vulnerável!
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